domingo, setembro 19, 2004
Aluno avalia Professor
Sou da opinião de que os alunos deveriam avaliar os professores, essa avaliação deveria ser uma componente da avaliação global, influenciando assim na progressão da carreira do docente. Há professores que não concordam serem avaliados pelos alunos, provavelmente, as razões destes professores seja a falta de confiança na sua capacidade pedagógica, ou receio de perder a sua autoridade (para não dizer, em alguns casos, autoritarismo).
O Aluno desde o secundário aprendeu a não confrontar o Professor, é uma atitude enraizada na mente dos alunos. Há que mudar essa mentalidade, há que exigir qualidade no ensino, ou teremos que aceitar a crítica de sermos “massa amorfa e que se arrastam pelos corredores das faculdades”?. A luta pela qualidade de ensino deve ser prioritária.
Os métodos de ensino dos professores devem ser respeitados, e as reivindicações devem ser realizadas após reflexão, não de uma forma impetuosa, só assim a nossa opinião será aceite!
Há algum tempo que tenho vontade abordar este assunto, talvez este não seja o timming certo, mas após a leitura de um artigo de Luís F. G. D. Aguiar-Conraria (Nas Fronteiras da Dúvida) sobre este tema, decidi lançar esta discussão entre os meus colegas. Não resisto em transcrever alguns parágrafos do artigo de Luís F. G. D. Aguiar-Conraria:
"Acho sempre notável que alguns professores se recusem a ser avaliados pelos alunos. O principal argumento é o medo do espírito mesquinho e de vingança dos estudantes, a par com a subjectividade que qualquer avaliação encerra. E o contrário? Não é verdadeiro? Quantos de nós não conhecem casos de pura mesquinhez de alguns professores quando avaliam os alunos? E a subjectividade na avaliação dos alunos, não existe? Pessoas que se recusam a ser avaliadas, deviam, por coerência intelectual, recusar-se a avaliar, pelo que não deviam ser professores.
(...)
O que é um bom professor? A resposta a esta pergunta não é assim tão complicada. O que é um bom estudante? A resposta à primeira pergunta está na resposta à segunda. Um bom estudante estuda. Um bom professor estuda também. Um bom aluno sabe a matéria que lhe ensinaram. Um bom professor percebe o que ensina. Um bom aluno questiona o professor. Um bom professor estimula as questões do aluno. Um aluno deve ser curioso e fazer perguntas e questionar certezas. Um professor deve ficar contente de cada vez que não sabe responder a uma questão.
(...)Compreendo também que haverá alguns bons professores que serão injustiçados se um sistema de avaliação pedagógica, com consequência, for levado avante. Mas não nos esqueçamos de quantas injustiças são criadas ao não haver uma avaliação séria dos professores. É injusto para os alunos. É injusto para os pais. É injusto para os bons professores. É injusto para os potenciais bons professores que não encontram colocação nem nas universidades nem nos politécnicos (e, já agora, nem nas escolas secundárias).
Sabemos que muitas instituições de ensino superior são instituições acomodadas. Sabemos também que há muitos professores acomodados e desencantados. A mudança não partirá da universidades e politécnicos. Terão de ser os alunos a ser mais exigentes e reivindicativos. Terão de ser os alunos a revindicar mais qualidade, em vez de menos propinas.
(...)"
Podes dar a tua opinião nos comentários!
O Aluno desde o secundário aprendeu a não confrontar o Professor, é uma atitude enraizada na mente dos alunos. Há que mudar essa mentalidade, há que exigir qualidade no ensino, ou teremos que aceitar a crítica de sermos “massa amorfa e que se arrastam pelos corredores das faculdades”?. A luta pela qualidade de ensino deve ser prioritária.
Os métodos de ensino dos professores devem ser respeitados, e as reivindicações devem ser realizadas após reflexão, não de uma forma impetuosa, só assim a nossa opinião será aceite!
Há algum tempo que tenho vontade abordar este assunto, talvez este não seja o timming certo, mas após a leitura de um artigo de Luís F. G. D. Aguiar-Conraria (Nas Fronteiras da Dúvida) sobre este tema, decidi lançar esta discussão entre os meus colegas. Não resisto em transcrever alguns parágrafos do artigo de Luís F. G. D. Aguiar-Conraria:
"Acho sempre notável que alguns professores se recusem a ser avaliados pelos alunos. O principal argumento é o medo do espírito mesquinho e de vingança dos estudantes, a par com a subjectividade que qualquer avaliação encerra. E o contrário? Não é verdadeiro? Quantos de nós não conhecem casos de pura mesquinhez de alguns professores quando avaliam os alunos? E a subjectividade na avaliação dos alunos, não existe? Pessoas que se recusam a ser avaliadas, deviam, por coerência intelectual, recusar-se a avaliar, pelo que não deviam ser professores.
(...)
O que é um bom professor? A resposta a esta pergunta não é assim tão complicada. O que é um bom estudante? A resposta à primeira pergunta está na resposta à segunda. Um bom estudante estuda. Um bom professor estuda também. Um bom aluno sabe a matéria que lhe ensinaram. Um bom professor percebe o que ensina. Um bom aluno questiona o professor. Um bom professor estimula as questões do aluno. Um aluno deve ser curioso e fazer perguntas e questionar certezas. Um professor deve ficar contente de cada vez que não sabe responder a uma questão.
(...)Compreendo também que haverá alguns bons professores que serão injustiçados se um sistema de avaliação pedagógica, com consequência, for levado avante. Mas não nos esqueçamos de quantas injustiças são criadas ao não haver uma avaliação séria dos professores. É injusto para os alunos. É injusto para os pais. É injusto para os bons professores. É injusto para os potenciais bons professores que não encontram colocação nem nas universidades nem nos politécnicos (e, já agora, nem nas escolas secundárias).
Sabemos que muitas instituições de ensino superior são instituições acomodadas. Sabemos também que há muitos professores acomodados e desencantados. A mudança não partirá da universidades e politécnicos. Terão de ser os alunos a ser mais exigentes e reivindicativos. Terão de ser os alunos a revindicar mais qualidade, em vez de menos propinas.
(...)"
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Comments:
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Patrícia, a avaliação a ser dada pelo Aluno teria como objectivo melhorar a qualidade de ensino, premiando os bons professores e penalizando os maus professores.
Gosto muita da definição de Mecatrónica da Associação Portuguesa de Mecatrónicos, pelo que passo a transcrever:
"A Mecatrónica é um área técnica multidisciplinar baseada na engenharia mecânica clássica e na engenharia electrónica/electrotécnica, estando estas duas interligadas pela ciência da computação e a engenharia do software.
A Mecatrónica é a totalidade dos fundamentos, rotinas e técnicas de serviço, produção e desenvolvimento de máquinas, dispositivos e instalações, com vista no futuro.
Neste domínio procura-se encontrar o desenvolvimento de aparelhos mecânicos controlados de forma inteligente, isto é, procura-se encontrar um sistema composto de partes mecânicas e eléctricas, ao qual são associados sensores capazes de retirar informações, microprocessadores que interpretam e analisam esta informação e conjuntos actuadores que possam reagir com base na informação tratada. Todo este conjunto forma um sistema mecatrónico.
A designação do termo "Mecatrónica" foi atribuída nos anos 80 no Japão.
O que torna o conjunto de conceitos básicos da Mecatrónica tão actual é a necessidade de desenvolvimento de produtos que incorporem simultaneamente inteligência e economia.
A interacção entre as diferentes áreas da engenharia não traz modificações apenas em relação aos produtos, mas também em relação ao próprio processo produtivo com vista a soluções completamente novas."
A Universidade de Évora iniciou a licenciatura em Engenharia Mecatrónica no passado ano lectivo, é um curso com uma boa saída profissional e bastante aliciante. Também existem cursos de Mecatrónica a nível Técnicoprofissional, se quiseres saber mais, consulta o site da APM: 'http://www.mecatronicos.pt/escolas.htm'.
Gosto muita da definição de Mecatrónica da Associação Portuguesa de Mecatrónicos, pelo que passo a transcrever:
"A Mecatrónica é um área técnica multidisciplinar baseada na engenharia mecânica clássica e na engenharia electrónica/electrotécnica, estando estas duas interligadas pela ciência da computação e a engenharia do software.
A Mecatrónica é a totalidade dos fundamentos, rotinas e técnicas de serviço, produção e desenvolvimento de máquinas, dispositivos e instalações, com vista no futuro.
Neste domínio procura-se encontrar o desenvolvimento de aparelhos mecânicos controlados de forma inteligente, isto é, procura-se encontrar um sistema composto de partes mecânicas e eléctricas, ao qual são associados sensores capazes de retirar informações, microprocessadores que interpretam e analisam esta informação e conjuntos actuadores que possam reagir com base na informação tratada. Todo este conjunto forma um sistema mecatrónico.
A designação do termo "Mecatrónica" foi atribuída nos anos 80 no Japão.
O que torna o conjunto de conceitos básicos da Mecatrónica tão actual é a necessidade de desenvolvimento de produtos que incorporem simultaneamente inteligência e economia.
A interacção entre as diferentes áreas da engenharia não traz modificações apenas em relação aos produtos, mas também em relação ao próprio processo produtivo com vista a soluções completamente novas."
A Universidade de Évora iniciou a licenciatura em Engenharia Mecatrónica no passado ano lectivo, é um curso com uma boa saída profissional e bastante aliciante. Também existem cursos de Mecatrónica a nível Técnicoprofissional, se quiseres saber mais, consulta o site da APM: 'http://www.mecatronicos.pt/escolas.htm'.
A avaliação seria realizada por todos os alunos, responsavelmente (afinal já são homenzinhos e mulherezinhas), desenvolvendo um senso crítico construtivo.
Concordo que os alunos não estão preparados para este tipo de avaliação, afinal de contas a ideia preconcebida de que o professor tem o queijo e a faca já vem de longe. Como mudar esta mentalidade? Estimulando os alunos a exigirem conscientemente uma boa qualidade de ensino.
Obrigado pelas palavras de incentivo.
Estou solidário com os professores que aguardam colocação, boa sorte!
Concordo que os alunos não estão preparados para este tipo de avaliação, afinal de contas a ideia preconcebida de que o professor tem o queijo e a faca já vem de longe. Como mudar esta mentalidade? Estimulando os alunos a exigirem conscientemente uma boa qualidade de ensino.
Obrigado pelas palavras de incentivo.
Estou solidário com os professores que aguardam colocação, boa sorte!
Tá meio véio este site, não tem como atualizar.
Esta história de avaliar professor tá em curso no Brasil, faz tempo, foi bom para mandar quase todos embora, assim as escolas ficam sem professores, com exceção dos folgados funcionários públicos de estaduais e federais, que se vangloriam do efetivo cargo, para caçoarem nos ouvidos dos alunos, assim esta de avaliar ficou nas escolas privadas e professor tchau.
Esta história de avaliar professor tá em curso no Brasil, faz tempo, foi bom para mandar quase todos embora, assim as escolas ficam sem professores, com exceção dos folgados funcionários públicos de estaduais e federais, que se vangloriam do efetivo cargo, para caçoarem nos ouvidos dos alunos, assim esta de avaliar ficou nas escolas privadas e professor tchau.
nao so quer dizer que a maioria dos professores sejam "delinquentes" porque a maioria deles n o sao.
Olá, coloco para apreciação a avaliação que realizo em minhas disciplinas, gostaria de opiniões. Verifique em:
www.hylson.com/avalia_aula/
Um abraço!
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www.hylson.com/avalia_aula/
Um abraço!
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